
O vestibulando Gabriel Lourenção Depieri, 19 anos, conta que o prejuízo foi imenso. "Imagine se preparar o ano inteiro e ter de fazer a prova exatamente ao lado de um show? Foi impossível, não tive condições de ler o teste com o som alto." O estudante diz ainda que, durante a avaliação, os estudantes pediam para ir ao banheiro para "tentar relaxar".
Depieri conta que os organizadores lamentavam o episódio, mas afirmavam que era possível concluir a prova. Outro que passou pela mesma situação foi Leandro Coslop, 22, morador do Jardim Elida, em Mauá. "O show durou toda a prova e com certeza tirou a concentração." Ambos acreditam que terão o rendimento prejudicado pelo evento.
Coordenador do curso pré-vestibular Objetivo em Mauá, Paulo Roberto Moda, diz que na saída da prova muitos alunos se mostraram chateados. "Dava para ouvir o som a mais de um quilômetro de distância. Muitos estudantes não conseguiram se concentrar e por conta disso não fizeram a prova adequadamente. Alguns abandonaram a avaliação antes de terminar." Para ele, os 349 candidatos inscritos para a prova na Therezinha Sartori enfrentaram uma situação desigual perante os outros concorrentes que tiveram oportunidade de fazer a prova em local silencioso.
A Vunesp, responsável pelo vestibular, informou que não recebeu nenhum registro oficial da coordenação do prédio sobre possíveis prejuízos aos candidatos da escola e "fez o que poderia ser feito". A Vunesp informou ainda que para amenizar a situação foram utilizadas as salas mais afastadas do barulho e distribuídos protetores auriculares aos estudantes que quisessem utilizá-los.
Fonte: Diario o Grande ABC
Nenhum comentário:
Postar um comentário